TEXTOS E RESUMOS.


História de Roma Antiga e o Império Romano
República Romana, expansionismo da Roma Antiga, crise na República , Império Romano
 Guerras Púnicas, gladiadores, decadência do Império Romano, mitologia romana

Mito da fundação de Roma: loba amamentando Rômulo e Remo 
Introdução
A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
Origem de Roma: explicação mitológica
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C)
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida.
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).
Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a
Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).

Luta de gladiadores:
pão e circo
Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da
aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na
Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.
Religião Romana
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e
Baco.
Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. 
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.
Legado Romano
Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de arquitetura, línguas latinas originárias do Latim (Português, Francês, Espanhol e Italiano), técnicas de artes plásticas, filosofia e literatura.
 
Deuses Romanos
Mitologia e religião romana, deuses da Roma Antiga, panteão romano, características e representações.

Apolo: deus do Sol
 
Religião e mitologia romana 
Em Roma Antiga, antes do surgimento e crescimento do cristianismo, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os romanos antigos. De acordo com este povo, as divindades decidiam a vida dos mortais. Netuno era o de maior importância, considerado a divindade seprema do panteão romano. Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Esta religião foi absorvida do panteão grego durante a invasão e conquista da Grécia pelo imperio romano. Os romanos modificaram apenas os nomes dos deuses.
Conheça abaixo uma relação das principais divindades da Roma Antiga e suas características.

Nome do deus 
 O que representava
Júpiter
rei de todos os deuses, representante do dia
Apolo
Sol e patrono da verdade
Vênus
amor e beleza
Marte
guerra
Minerva
sabedoria, conhecimento
Plutão
mortos, mundo subterrâneo
Netuno
mares e oceanos
Juno
rainha dos deuses
Baco
vinho, festas
Febo
luz do Sol, poesia, música, beleza masculina
Diana
caça, castidade, animais selvagens e luz
Ceres
colheita, agricultura
Cupido
amor
Mercúrio
mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes
Vulcano
metais, metalurgia, fogo
Saturno
tempo
Psique
alma



Nero
Biografia de Nero, imperador romano, incêndio em Roma, administração do Império Romano,
perseguição aos cristãos, suicídio de Nero, conquistas romanas

Nero: um dos imperadores mais polêmicos do Império Romano
 
Quem foi 
Nero foi um imperador romano do ano de 54 a 68 da era cristã. Até hoje é uma das figuras históricas mais polêmicas de todos os tempos. Seu nome completo era Nero Cláudio Augusto Germânico. Nasceu na cidade de Anzio (na atual Itália) no dia 15 de dezembro de 37.
Biografia e vida política 
Nero tornou-se imperador romano em 13 de outubro de 54, numa época de grande esplendor do Império Romano. Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero mostrou-se um bom administrador. Na política, usou a violência e as armas para combater e eliminar as revoltas que aconteciam em algumas províncias do império.

No tocante às guerras de expansão, Nero demonstrou pouco interesse. De acordo com os historiadores da antiguidade, empreendeu apenas algumas incursões militares na região da atual Armênia.

Suas decisões políticas, militares e econômicas eram fortemente influenciadas por algumas figuras próximas. Entre elas, podemos citar sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lucio
Sêneca.

O que mais marcou a história de Nero foi o caso do incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64. Porém, de acordo com alguns historiadores, não é certa a responsabilidade de Nero pelo incidente. O imperador estava em Anzio no momento do incidente e retornou à Roma ao saber do incêndio. Os que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos de Tácito. Este afirma que havia rumores de que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava.

O fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras.

Além deste episódio, outros colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado. No ano de 55, Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio. Em 59, ordenou o assassinato de sua mãe Agripina.

Nero se suicidou em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim a dinastia Julio-Claudiana.

Júlio César
Biografia de Júlio César, conquistas militares, importância para a formação do Império Romano

Júlio César: importante ditador romano do final do República
Quem foi 
Caio Júlio César (nome real de Gaius Julius Caesar) foi um militar e governante romano no período de transição no final do período republicano da história de Roma Antiga. Nasceu em Roma em 13 de julho de 100 a.C e faleceu em 15 de março de 44 a.C no mesmo local de nascimento.

Pertencente a dinastia Julio-Claudiana, Júlio César teve um papel fundamental na passagem da República para o Império Romano. Durante o seu governo (outubro de 49 a.C a 15 de março de 44 a.C) fez grandes conquistas militares para Roma.

Biografia e conquistas militares

- Em 82 a.C, escapou das perseguições impostas pelo ditador romano Sila;
- De 81 a.C. a 79 a.C. prestou serviço militar em regiões da Ásia e Sicília;
- Na década de 70 a.C. atuou como advogado;
- Em 69 a.C. assumiu o cargo de questor do Império Romano na região da Hispânia;
- Em 65 a.C assumiu o cargo de edis curuis;
- Em 63 a.C. foi eleito pontifex maximus e pretor urbano;
- Em 58 a.C. , comanda, com vitória, as tropas romanas na Gália na Batalha de Bribacte;
- Em 52 a.C. comanda o exército romano na Gália na campanha vitoriosa na campanha da Batalha de Alésia;
- Em 48 a.C. derrotou Pompeu na Grécia e tornou-se ditador romano;
- Em 47 a.C. comanda o exército romano na Campanha Militar no Egito. Neste mesmo ano conheceu Cleópatra;
- Sai vitorioso, em 46 a.C. , durante a campanha militar no norte da África;
- Em 15 de março de 44 a.C. foi assassinado por Brutus, após uma conspiração do Senado Romano.



Império Bizantino
História do Império Romano do Oriente, importância de Constantinopla, arte bizantina, cultura no Império Romano do Oriente, Questão Iconoclasta, o comércio em Bizâncio, a organização social, História Antiga.

Exemplo de um mosaico bizantino
 
Introdução
No século IV o Império Romano dava sinais claros da queda de seu poder no ocidente, principalmente em função da invasão dos bárbaros (povos germânicos) através de suas fronteiras. Diante disso, o Imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano para a cidade oriental de Bizâncio, que passou a ser chamada de Constantinopla. Esta mudança, ao mesmo tempo em que significava a queda do poder no ocidente, tinha o seu lado positivo, pois a localização de Constantinopla, entre o mar Negro e o mar Mármara, facilitava muito o comércio na região, fato que favoreceu enormemente a restauração da cidade, transformando-a em uma Nova Roma.
Reinado de Justiniano 
O auge deste império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano (527-565), que visava reconquistar o poder que o Império Romano havia perdido no ocidente. Com este objetivo, ele buscou uma relação pacífica com os persas, retomou o norte da África, a Itália e a Espanha. Durante seu governo, Justiniano recuperou grande parte daquele que foi o Império Romano do Ocidente. 
Religião 
A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as doutrinas dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana. O cristianismo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado, inclusive, nas mais diferentes manifestações artísticas. As catedrais e os mosaicos bizantino estão entre as obras de arte e arquitetura mais belos do mundo. 
Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones, também tinham forte poder de manipulação sobre sociedade. Entretanto, incomodado com este poder, o governo proibiu a veneração de imagens, a não ser a de Jesus Cristo, e decretou pena de morte a todos aqueles que as adorassem. Esta guerra contra as imagens ficou conhecida como A Questão Iconoclasta. 
Sociedade bizantina 
A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada. No topo da sociedade encontrava-se o imperador e sua família. Logo abaixo vinha a nobreza formada pelos assessores do rei. Abaixo destes estava o alto clero. A elite era composta por ricos fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas artesanais. Uma camada média da sociedade era formada por pequenos agricultores, trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo baixo claro. Grande parte da população era formada por pobres camponeses que trabalhavam muito, ganhavam pouco e pagavam altas taxas de impostos.
Crise e Tomada de Constantinopla 
Após a morte de Justiniano, o Império Bizantino ficou a mercê de diversas invasões, e, a partir daí, deu-se início a queda de Constantinopla. Com seu enfraquecimento, o império foi divido entre diferentes realezas feudais. Constantinopla teve sua queda definitiva no ano de 1453, após ser tomada pelos turcos. 
Atualidade 
Atualmente, Constantinopla é conhecida como Istambul e pertence à Turquia. Apesar de um passado turbulento, seu centro histórico encanta e impressiona muitos turistas devido à riquíssima variedade cultural que dá mostras dos diferentes povos e culturas que por lá passaram.

Religião Romana
História da religião romana, influência grega, deuses, cultos domésticos, cristianismo, politeísmo

Júpiter: deus dos deuses da religião romana
 
 
Introdução
Durante o período republicano e imperial, os romanos seguiram uma religião politeísta (crença em vários deuses), muito semelhante à religião praticada na Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida pelos romanos, graças aos contatos culturais e conquistas na península balcânica.
Porém, a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega. Os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península itálica.

Os
deuses romanos eram os mesmos da Grécia, porém com outros nomes. 
 deuses correspondente em Roma


Júpiter
Hera
Juno
Netuno
Atena
Minerva
Ares
Marte
Artemis
Diana
Hermes
Mercúrio
Dionísio

Uma prática religiosa muito comum na Roma Antiga era a existência de santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da família (deuses lares e penates). Templos para o culto público aos deuses também foram erguidos em diversas províncias romanas.

Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. Os cristãos, por exemplo, foram perseguidos e assassinados em várias províncias do império romano. Para realizarem seus cultos, muitos cristãos encontravam-se nas
catacumbas romanas.

Muitos imperadores, por exemplo, exigiram o culto pessoal como se fossem deuses. Esta prática começou a partir do governo do imperador Júlio César.

Com seu significativo crescimento, no século IV, o
cristianismo passou a ser considerada religião oficial do Império Romano. A prática do politeísmo foi, aos poucos, sendo abandonada.


Gladiadores
História dos gladiadores, batalhas, combates, armas dos gladiadores, cultura romana, império romano

Gladiadores romanos: combates eram quase sempre até a morte
 
Introdução
Os gladiadores eram lutadores que participavam de torneios de luta na Roma Antiga. De origem escrava, estes homens eram treinados para estes combates, que serviam de entretenimento para os habitantes de Roma e das províncias.
Vida dos gladiadores e combates
Os gladiadores eram escolhidos entre os prisioneiros de guerra e escravos. Com o passar das lutas, caso reunisse muitas vitórias, tornavam-se heróis populares.

Nas arenas (a mais famosa era o
Coliseu de Roma), os gladiadores lutavam entre si, utilizando vários armamentos como, por exemplo, espadas, escudos, redes, tridentes, lanças, etc. Participavam também das lutas montados em cavalos ou usando bigas (carros romanos puxados por cavalos). Muitas vezes estes gladiadores eram colocados na arena para enfrentar feras (leões, onças e outros animais selvagens).

O combate entre gladiadores terminava quando um deles morria ou ficava ferido com impossibilidade de continuar a luta.

Os gladiadores mais bem sucedidos ganhavam, além da popularidade, muito dinheiro e, com o tempo, podiam largar a carreira de forma honrosa. Estes privilegiados ganhavam uma pensão do império e um gládio (espada de madeira simbólica).

Curiosidades:

- A luta entre gladiadores fazia parte da política do “pão-e-circo” instituída no Império Romano, cujo objetivo principal era amenizar a revolta dos romanos com os problemas sociais.
- Uma das maiores revoltas populares ocorridas na Roma Antiga foi liderada por um gladiador e ex-excravo chamado Espártaco. De acordo com relatos da época, a revolta, também conhecida como "Terceira Guerra Servil" (73 a 71 a.C), contou com a participação de mais de cem mil ex-escravos.
 
Legião Romana
História dos legião romana, origem, legionários, Império Romano, armas usadas

Legião Romana: um dos principais braços militares do Império Romano
 
Introdução 
A legião romana era uma unidade militar de infantaria básica que existiu durante a República e o Império Romano. A legião romana era formada por 10 mil legionários e centenas de cavaleiros.

Origem da palavra 
A palavra legião deriva do latim (legio = recrutamento, alistamento). 
Legiões e legionários 
As legiões romanas eram diferenciadas por um nome e um número. Durante o auge do Império Romano, historiadores afirmam que existiram cerca de 50 legiões.

Ao legionário eram recrutados em épocas de necessidades militares, ou seja, quando Roma estava em expansão através de guerras.
As armas dos legionários romanos
O legionário romano era um soldado muito bem equipado e seu armamento lhe oferecia totais condições para uma batalha da época. Seu armamento principal era composto por: elmo de bronze (cassis), capacete metálico (galea), couraça de metal que protegia o peito (lorica), escudo de madeira ou couro (scutum), espada curta (gladio), lança de metal (hasta) e dardo de madeira com ponta de metal (pilo).

Participação nas conquistas 
A força militar do Império Romano estava centrada nestas legiões. Grande parte das conquistas militares romanas na Europa, Ásia e norte da África ocorreram graças à força e ao preparo militar destes soldados.
Crise do Império Romano
Causas da crise do Império Romano do Ocidente, enfraquecimento, invasão dos povos bárbaros

A crise do Império Romano do Ocidente favoreceu a invasão dos povos bárbaros
 
Introdução
Após séculos de glórias e conquistas territoriais, o Império Romano começou a apresentar sinais de crise já no século III.
Causas da crise do Império Romano:

- Enorme extensão territorial do império que dificultava a administração e controle militar (defesa);
- Com o fim das guerras de conquistas também diminuíram a entrada de escravos. Com menos mão-de-obra ocorreu uma forte crise na produção de alimentos. A queda na produção de alimentos gerou a diminuição na arrecadação de impostos. Com menos recursos, o império passou a ter dificuldades em manter o enorme exército;
- Aumento dos conflitos entre as classes de patrícios e plebeus, gerando instabilidade política;
- Crescimento do cristianismo que contestava as bases políticas do império (guerra, escravidão, domínio sobre os povos conquistados) e religiosas (politeísmo e culto divino do imperador);
- Aumento da corrupção no centro do império (Roma) e nas províncias (regiões conquistadas);

Estes motivos enfraqueceram o Império Romano, facilitando a invasão dos povos bárbaros germânicos no século V.
 Arte Romana
História da Arte Romana, influência grega, afrescos, esculturas, arquitetura, pintura

Cena cotidiana retratada num afresco de Pompéia


Introdução
Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos e elementos artísticos e culturais  da Grécia Antiga e chegou a "copiar" estátuas clássicas. Imperadores, deuses e figuras mitológicas foram retratados nas esculturas romanas.
Arquitetura romana
Durante a época do auge do Império Romano, houve a construção de diversos monumentos públicos em homenagem aos imperadores romanos. Na arquitetura, destacam-se a construção de portais, aquedutos, prédios, monumentos e templos.
Pintura romana 
A pintura mural (afrescos) recorreu ao efeito da trimensionalidade. Os afrescos da cidade de Pompéia (soterrada pelo vulcão Vesúvio em I a.C.) são representativos deste período. Cenas do cotidiano, figuras mitológicas e religiosas e conquistas militares foram temas das pinturas romanas.
Os gêneros artísticos mais comuns na pintura romana eram: paisagens, retratos, arquiteturas, pinturas populares e pinturas triunfais.
Os pintores romanos usavam como materias de trabalho tintas produzidas a partir de materiais da natureza como, por exemplo, metais em pó, vidros pulverizados, substâncias extraídas de moluscos, pó de madeira e seivas de árvores.

Arquitetura Romana Antiga
Características da Arquitetura da Roma Antiga, exemplos, Império Romano, principais monumentos, Arte Romana
http://www.suapesquisa.com/imperioromano/arquitetura_romana.jpg
Aqueduto romano construído em Segóvia: exemplo da arquitetura romana


Introdução
Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para desenvolver seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a arquitetura romana possuía muitos elementos inovadores e avanços nas técnicas de arquitetura.
Características principais da arquitetura romana:
- Solidez nas construções (característica que herdaram dos etruscos);
- Uso do arco nas construções;
- Uso da abóbada (construção em forma de arco que preenche espaços entre arcos, muros e outros tipos de espaços);
- Construções sóbrias, funcionais e luxuosas.

 Principais tipos de arquitetura romana
Aquedutos
Arcos com canaletas que conduziam a água dos reservatórios para as cidades. Eram feitos de pedra e significou um avanço na canalização e distribuição de água na Antiguidade.
Templos
Eram construídos em homenagem aos deuses. Eram luxuosos e bem iluminados. Possuíam apenas um portal de entrada com escada de acesso.
Arcos de Triunfo
Eram construídos em homenagem aos imperadores, principalmente, para marcar grandes feitos e conquistas. Eram feitos de pedra ou mármore.
Estradas
Feitas de pedra, eram importantes rotas para o comércio e também deslocamento do exército, pois ligavam várias cidades, regiões e províncias. Eram tão resistentes que muitas delas existem até hoje. A mais conhecida foi a Via Ápia.
Banhos públicos
Prédios destinados aos banhos públicos, que eram espaços com piscinas aquecidas onde romanos das altas classes relaxavam e mantinham contatos sociais.
Circus e Anfiteatos
Construções destinadas ao entretenimento. Nos circus ocorriam, principalmente, corridas de bigas. Nos anfiteatros ocorriam espetáculos como, por exemplo, os embates entre gladiadores. O anfiteatro mais conhecido foi o Coliseu de Roma.
Exemplos da arquitetura romana:
- Fórum Romano
- Templo do Capitólio
- Arco do Trinunfo de Tito e Vespasiano
- Coliseu de Roma
- Templo de Vesta
- Arco do imperador Trajano
- Teatro de Marcellus
- Templo de Marte
 
Otávio Augusto
Biografia de Otávio Augusto, primeiro imperador romano, História do Império Romano,
realizações de Otávio Augusto, conquistas romanas
Otávio Augusto: o primeiro imperador romano
Otávio Augusto: o primeiro imperador romano


Quem foi 
Caio Júlio César Octaviano Augusto foi o primeiro e um dos mais importantes imperadores romanos.

Otávio Augusto nasceu na cidade de Roma (capital do Império Romano) no dia 23 de setembro do ano de 63 a.C e faleceu em 19 de agosto de 14 d.C, na comuna italiana de Nola.

Pertencente a Dinastia Julio-Claudiana, Otávio Augusto teve dois filhos: Maior e Júlia. Governou o Império Romano durante 41 anos, entre os anos de 16 de janeiro de 27 a.C e 19 de agosto de 14 d.C (data de sua morte).

Principais realizações militares durante seu reinado:

- Organizou expedições militares na Récia, Panônia, Hispânia, Germânia, Arábia e África. Quase todas elas foram bem sucedidas.
- Pacificou as regiões dos Alpes e Hispânia.
- Anexou as regiões da Galáxia e Judéia.

O período em que reinou é considerado pelos historiadores um dos mais prósperos do Império Romano, tanto no tocante ao desenvolvimento econômico quanto ao cultural.
 
Coliseu de Roma
Informações, localização, construção, importância histórica, cultural e turística

http://www.suapesquisa.com/monumentos/coliseu_roma.jpg
Coliseu de Roma: diversão e lutas de gladiadores


Principais características do monumento
O Coliseu foi construído durante o Império Romano, entre os anos 70 e 80 da nossa era, durante os governos dos imperadores Vespasiano e Domiciano.
Localiza-se em Roma (capital da Itália).
Este anfiteatro era utilizado como palco de lutas de gladiadores, espetáculos com feras e até batalhas navais, pois o Coliseu possuía um sistema que transformava a arena num grande lago.
Em sua construção foi usado mármore, ladrilho, tufo e pedra travertina.
Tinha capacidade para receber até noventa mil espectadores.
Foi danificado por um terremoto no começo do século V e restaurado posteriormente. No século XIII, foi usado como fortaleza militar. Entre os séculos XV e XVI foi alvo de saqueadores, que levaram boa parte dos materiais valiosos da construção.
Em 2007, foi eleito como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.
O Coliseu de Roma é um Patrimônio da Humanidade (título conferido pela UNESCO).
É um dos pontos turísticos mais visitados da Itália.
Sociedade Romana
História da Sociedade romana, classes, divisão social em Roma Antiga, composição, grupos sociais, Império Romano
http://www.suapesquisa.com/imperioromano/sociedade_romana.jpg
Patrícios: participação política, direitos sociais e riqueza na Roma Antiga


Composição da sociedade romana e características 
A sociedade romana se baseava numa organização social desigual, assim como muitas sociedades de civilizações antigas. Esta sociedade era estática, pois possuía pouca mobilidade social. Porém, no longo prazo, algumas camadas conquistaram direitos sociais, como foi o caso dos plebeus que, através de sua organização e luta adquiriram direitos políticos.
Além disso, havia muita tensão entre as classes sociais, originando muitas revoltas e conflitos.
A sociedade romana era dividida em cinco grupos sociais distintos:
- Patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos, possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da população.
- Plebeus: formavam a maioria da sociedade romana. A Plebe era composta basicamente por pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuiam poucos direitos políticos e de participação na vida religiosa.
- Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados pobres. Tinham apoio econômico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos e questões militares.
- Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária.
- Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono.
 
Marco Antônio
Quem foi Marco Antônio, nome completo, nascimento e morte, realizações, Império Romano, História, Roma Antiga
http://www.suapesquisa.com/quemfoi/marco_antonio.jpg
Marco Antônio: importante general romano na fase final da República


Nome Completo 
Marco Antônio (em latim: Marcus Antonius)
Quem foi
Marco Antônio foi um importante político e militar romano no período final da República Romana. Exerceu o cargo de general do Império Romano, participando de várias campanhas militares. Assumiu o controle do Egito na época em que Otávio Augusto era imperador. Se casou com a rainha egípcia Cleópatra e entrou em conflito com o imperador romano. O casal foi vencido por Otávio na Batalha de Áccio. Após a derrota e a conquista romana de Alexandria, Marco Antônio e Cleópatra se suicidaram em 30 a.C.
Nascimento
Marco Antônio nasceu na cidade de Roma (atual Itália) em 10 de setembro de 83 a.C.
Morte
Marco Antônio morreu na cidade de Alexandria (Egito) em 1 de setembro de 30 a.C.
Guerras e Batalhas que participou
- Campanha da Judéia
- Guerras da Gália
- Segunda Guerra Civil de Roma
- Guerra de Módena
- Batalha de Filipos
- Terceira Guerra Civil
- Batalha de Áccio
Cleópatra
Biografia de Cleópatra e realizações históricas, relacionamentos amorosos, seu reinado, Júlio César e Marco Antônio.

Cleópatra: a mais famosa rainha do Egito


Quem foi 
Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele país. Filha de Ptolomeu XII com sua irmã, ela subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade, após a morte do pai. Contudo, ela teve que dividir o trono com seu irmão, Ptolomeu XIII (com quem casou), e depois, com Ptolomeu XIV.
Biografia , personalidade e atuação política
Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas ( diamantes, esmeraldas, safiras e rubis ), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares.
A luta pelo poder entre ela e seus irmão gerou uma forte instabilidade política e econômica para o Egito. Diante disso, ela acabou exilada e decidiu pedir o auxílio de Roma ( atual Itália ). Sedutora e extremamente inteligente, ela sabia utilizar-se muito bem do poder que detinha. Num plano audacioso e arriscado, ela enviou a si própria, embrulhada dentro de um tapete, como presente a Júlio César. Após desenrolar-se do tapete, seu argumento foi tão ousado quanto seu plano, ao dizer que havia ficado encantada com as histórias amorosas de César e assim queria conhece-lo. Tornaram-se amantes e ele a ajudou assassinar seu irmão em 51 A.C. Após isto, ela tornou-se a rainha e foi para Roma, onde deu a luz a Cesarion. 
A rainha retornou à terra natal após o assassinato de César, em 44 a.C. Ainda mais ambiciosa, ela tomou conhecimento da posição importante que Marco Antônio se encontrava na Anatólia, que ocupava o cargo de  governador da porção oriental do Império Romano. Estimulada pela ambição que lhe era comum, a rainha seduziu este outro romano iniciando com ele um relacionamento amoroso em 37 A.C. 
Durante o período que estiveram em Alexandria, ela deu dois filhos a Marco Antonio que, em troca, devolveu-lhe os territórios de Cirene e outros, que até aquele momento, estavam sob o domínio do Império Romano. 
A atitude de Marco Antônio, que se deixava dominar cada vez mais pelo pode de sedução da rainha, devolvendo-lhe as terras que haviam sido conquistadas pelo Império Romano, incomodou de tal forma o Senado romano, que, este, declarou guerra a ambos. Após serem derrotados por Otávio na batalha naval de Ácio, ambos cometeram suicídio, tendo Cleópatra se deixado picar por uma serpente, em Alexandria, no ano 30 a.C. Após isto, o Egito voltou às mãos de Roma. 
 
Monarquia Romana
História da Monarquia Romana, fundação, reis romanos, primeira forma de governo da Roma Antiga

Rômulo e Remo (amamentados pela loba): de acordo com a lenda foram os fundadores da monarquia romana 


Introdução
A Monarquia Romana foi a primeira forma política de governo da Roma Antiga. Este período teve início com a fundação lendária da cidade em 21 de abril de 753 a.C e durou até a queda do último rei, Tarquinio o Soberbo, em 509 a.C. Após este período teve início a República Romana.
Reis Romanos da época da monarquia 
Os nomes e fatos deste período são baseados em lendas e textos do historiador romano Tito Lívio. Porém, não são considerados como dados históricos pela historiografia moderna que estuda este tema. 
• 753 a. C. - 716 a. C. - Rômulo (fundador de Roma junto com o irmão Remo)
• 716 a. C. - 674 a. C. - Numa Pompilio
• 674 a. C. - 642 a. C. - Túlio Hostilio
• 642 a. C. - 617 a. C. - Anco Marcio
• 617 a. C. - 579 a. C. - Lúcio Tarquinio Prisco
• 579 a. C. - 535 a. C. - Servio Tulio
• 535 a. C. - 509 a. C. - Tarquinio, o Soberbo 
Características principais da monarquia romana:
- Escolha dos reis de acordo com suas virtudes;
- Governo vitalício;
- O rei era considerado pelo povo como uma espécie de mediador dos deuses. Portanto, possuía autoridade religiosa;
- O rei também era o chefe judicial, possuindo poderes absolutos sobre as leis;
- Na monarquia romana havia também a Assembléia e a Cúria, porém com poucos poderes políticos em comparação aos poderes reais;
- O monarca possuia poderes militares e também de escolher cargos públicos.
 
Povos Bárbaros - História dos povos germânicos
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história dos bárbaros
Átila, líder dos hunos


Introdução 
Os povos bárbaros eram de origem germânica e habitavam as regiões norte e nordeste da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império Romano. Viveram em relativa harmonia com os romanos até os séculos IV e V da nossa era. Chegaram até a realizar trocas e comércio com os romanos, através das fronteiras. Muitos germânicos eram contratados para integrarem o poderoso exército romano.
Os romanos usavam a palavra "bárbaros" para todos aqueles que habitavam fora das fronteiras do império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim. A convivência pacífica entre esses povos e os romanos durou até o século IV, quando uma horda de hunos pressionou os outros povos bárbaros nas fronteiras do Império Romano. Neste século e no seguinte, o que se viu foi uma invasão, muitas vezes violenta, que acabou por derrubar o Império Romano do Ocidente. Além da chegada dos hunos, podemos citar como outros motivos que ocasionaram a invasão dos bárbaros: a busca de riquezas, de solos férteis e de climas agradáveis.
Principais Povos Bárbaros
- Alanos: originários do nordeste do Cáucaso. Entraram no Império Romano entre os séculos IV e V. Ocuparam a região da Hispânia e o norte da África.
- Saxões: originários do norte da atual Alemanha e leste da Holanda. Penetraram e colonizaram as Ilhas Britânicas no século V.
- Francos: estabeleceram-se na região da atual França e fundaram o Reino Franco (veja exemplo de obra de arte abaixo)
- Lombardos: invadiram a região norte da Península Itálica
- Anglos e Saxões: penetraram e instalaram-se no território da atual Inglaterra
- Burgúndios: estabeleceram-se na sudoeste da França
- Visigodos: instalaram-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica (veja exemplo abaixo da arte visigótica)
- Suevos: invadiram e habitaram a Península Ibérica
- Vândalos: estabeleceram-se no norte da África e na Península Ibérica
- Ostrogodos: invadiram a região da atual Itália
arte bárbara - arquiteturaArte Visigótica : exemplo da arquitetura bárbara na Península Ibérica
 
Economia, Arte, Política e Cultura dos Bárbaros Germânicos 
A maioria destes povos organizavam-se em aldeias rurais, compostas por habitações rústicas feitas de barro e galhos de árvores. Praticavam o cultivo de cereais como, por exemplo, o trigo, o feijão, a cevada e a ervilha. Criavam gado para obter o couro, a carne e o leite. Dedicavam-se também às guerras como forma de saquear riquezas e alimentos. Nos momentos de batalhas importantes, escolhiam um guerreiro valente e forte e faziam dele seu líder militar.
Praticavam uma religião politeísta, pois adoravam deuses representantes das forças da natureza. Odin era a principal divindade e representava a força do vento e a guerra. Para estes povos havia uma vida após a morte, onde os bravos guerreiros mortos em batalhas poderiam desfrutar de um paraíso.
A mistura da cultura germânica com a romana formou grande parte da cultura medieval, pois muitos hábitos e aspectos políticos, artísticos e econômicos permaneceram durante toda a
Idade Média.
arte medieval
Vitral : arte medieval representando o rei franco Carlos Magno
Os Hunos 
Dentre os povos bárbaros, os hunos foram os mais violentos e ávidos por guerras e pilhagens. Eram nômades ( não tinham habitação fixa e viviam a percorrer campos e florestas ) e excelentes criadores de cavalos. Como não construíam casas, viviam em suas carroças e também em barracas que armavam nos caminhos que percorriam. A principal fonte de renda dos hunos era a pratica do saque aos povos dominados. Quando chegavam numa região, espalhavam o medo, pois eram extremamente violentos e cruéis com os inimigos. O principal líder deste povo foi Átila, o líder huno responsável por diversas conquistas em guerras e batalhas. 
 

Átila
Biografia, história, ações militares e aspecto da vida do rei dos hunos, morte


Quem foi 
Átila foi um dos líderes guerreiros mais violentos e temidos da antiguidade. Viveu no século V e liderou a tribo bárbara dos hunos. Esta tribo habitava a região onde hoje se localiza a Hungria.

Conquistas militares 
Na liderança dos hunos, após matar o próprio irmão, comandou várias ações militares no continente europeu. Comandou seu exército na invasão do Império Romano, saqueando e destruindo diversas cidades romanas. Invadiu cidades romanas da região do rio Danúbio e nos Bálcãs. Atacou também, com seu exército, a região da Gália (na atual França).Com a aliança que firmou com outros povos bárbaros, chegou a comandar uma extensa região entre o Mar Cáspio e o rio Reno.

Tentou dominar Constantinopla, porém acabou desistindo em função do grande poderio do
Império Bizantino. Exigiu e conseguiu do papa Leão I uma certa quantia de tributos para deixar de invadir e destruir cidades italianas.

Passou para a história por ser um comandante militar muito cruel e violento. Foi apelidado em sua época de “o flagelo de Deus”. Quando entrava nas cidades, ordenava a destruição de casas e construções, além de exigir a execução de várias pessoas, com objetivo de demonstrar poder e despertar o medo nos inimigos.

Morte 
No ano de 451 sofreu uma grande derrota durante as batalhas para invadir a região da Gália, em função da união entre os bárbaros godos e romanos. Morreu em 453 quando se preparava para invadir regiões da Itália.
 


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